O erro de Narciso
- Fernando San Gregorio
- 2 de out. de 2024
- 1 min de leitura

O Erro de Narciso, de Louis Lavelle, é uma obra filosófica que explora a relação entre o ser e a aparência, um tema central em toda a tradição filosófica ocidental. Lavelle, considerado um dos principais representantes da corrente do espiritualismo francês, propõe uma reflexão profunda sobre a natureza da identidade e do autoconhecimento.
O título faz alusão ao mito grego de Narciso, o jovem que se apaixona por sua própria imagem refletida na água, representando a vaidade e a ilusão do ego. Lavelle utiliza esse mito como uma metáfora para examinar a armadilha do "erro narcísico", no qual o indivíduo confunde a imagem que projeta com seu verdadeiro ser. Ele argumenta que essa fixação na aparência e na autossatisfação superficial impede a realização de uma vida autêntica e plena.
Na obra, Lavelle destaca que o verdadeiro conhecimento de si mesmo não está em contemplar a própria imagem ou em buscar reconhecimento externo, mas em uma relação mais profunda com a própria essência, que envolve abertura ao outro, transcendência e comunhão com o Absoluto.
O livro apresenta questões metafísicas e existenciais, propondo que o autoconhecimento genuíno só é possível quando o indivíduo ultrapassa o egoísmo e reconhece sua conexão com o todo, rejeitando as ilusões criadas pelo ego e pela aparência.
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