O objeto da Teologia é Deus
- Fernando San Gregorio

- 16 de jul. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 15 de ago. de 2019
O estudo sistemático da palavra de Deus, se caracteriza em primeiro lugar pelo entendimento teleológico do verdadeiro objeto da teologia.
Pelo entendimento, à luz natural da razão o homem reconhece a criação, perscruta os sinais e significados da natureza conforme (Romanos 1:19-20)“Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lhe manifestou.Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis...” surgindo então como germe desta busca o senso comum, um pouco mais amadurecido a ciência que se dá como o recorte das coisas naturais porque a ciência nada mais é do que análise de determinado fenômeno (aquilo que aparece) e por fim uma filosofia que busca o significado do todo, este é o caminho daquele que ama a sabedoria Filosófo. Cada ciência tem seu objeto específico e legítimo como nos diz Armínio “...todas as outras ciências tem seu objeto, realmente nobres, e digno de envolver a mente humana...”[1]
Não obstante aqueles que destas miríades de conhecimentos, os reporta ao seu próprio eu, inicia-se por um caminho obscuro cometendo injustiça contra o Criador. Lembremo-nos da célebre frase de Platão sobre a justiça. “A justiça consiste em restituir a cada um o que lhe é devido” assim é definido o processo legal e jurídico da justiça, porém seu significado mais profundo é de caráter ontológico, sendo assim, na estrutura do ser humano, na sua raiz, em sua radicalidade é restituído o pulsar da Glória que é devida a Deus. O reconhecimento da Soberania de Deus é o primeiro passo em direção ao Criador.“Porquanto, tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças, antes em seus discursos se desvaneceram, e o seu coração insensato se obscureceu”. (Romanos 1:21), ainda conforme diz o profeta “Assim diz o Senhor: Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem se glorie o forte na sua força; não se glorie o rico nas suas riquezas,Mas o que se gloriar, glorie-se nisto: em me entender e me conhecer, que eu sou o Senhor, que faço beneficência, juízo e justiça na terra; porque destas coisas me agrado, diz o Senhor.” (Jeremias 9:23,24) Assim, a cosmovisão humana obnubilada pelo pecado original, transfere a glória de Deus a criação e suas criaturas. “E mudaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem de homem corruptível, e de aves, e de quadrúpedes, e de répteis.”(Romanos 1:23)
A falta de conhecimento sobre Deus faz o homem perecer, muito peculiar o dizer de Armínio. “Ele é o melhor ser, Ele é o primeiro e principal bem, e a Bondade propriamente dita, somente Ele é bom, tão bom como a própria Bondade, tão pronto a se comunicar como é possível que Ele se comunique... Ele é o maior Ser...” “...Mas o próprio Deus é objeto da teologia”. [2]
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[1] As Obras de Armínio (Vol. 1) pag. 58 CPAD
[2] As Obras de Armínio (Vol. 1) pag. 59 CPAD
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