Edith Stein e a Empatia
- Fernando San Gregorio
- 17 de jul. de 2019
- 2 min de leitura
A empatia foi exaustivamente estudada e levada às fronteiras do cristianismo pela
filosofa Edith Stein uma Alemã de origem Judia que se converteu ao catolicismo durante a segunda guerra mundial. Faleceu no campo de concentração em Auschwitz aos 51 anos. Edith Stein foi canonizada pelo Papa Joao Paulo em 1998.
A empatia é um conceito que através do direcionamento da mente, seguindo o método fenomenológico coloca em suspensão o juízo pois somente dessa forma ao suspender o nosso "eu" seremos capazes de identificar o outro. O outro como condição da vida, o outro um ser que sofre.
Somente interpolando o outro teremos condição de vermos a nos mesmos e finalmente entender a condição em que todos nos encontramos. A importância da fenomenologia na filosofia de Husserl está principalmente fundamentada na intencionalidade da mente, está como racionalidade plena, quer dizer a intencionalidade é condição pura para o movimento atuante da mente.
Não se trata de uma condição psicológica, mas sim de uma vertente apodítica. A práxis humana tem sempre como intenção direta um objeto, ou seja, uma vontade objetiva voltada para a sustentação e manutenção empírica da realidade, não se trata também de uma metafisica no sentido de estruturação do ser, trata-se sim da apreensão do fenômeno em si. Aquele que se apresenta em sua forma mais pura.
O fenômeno principalmente em Kant não pode ser verdadeiramente conhecido em sua modalidade analítica. Bastando que se acrescente uma síntese possível em sua estrutura tornando contingente a estrutura mental. Ora Husserl não situa o contingente como fenômeno, outrossim, sua posição é eidética necessária e universal. A empatia palavra grega empátheia designa não somente o se compadecer com a miséria alheia porque isto é apenas teoria “theoria” mas sobretudo se colocar na posição do outro.
Se "esvaziar" e como exercício fenomenológico tomar para si a dor do outro. A campanha fenomenológica desenvolve o aspecto puro do fenômeno em si em direção ao intelecto ao objeto-outro. Aquele que se apresenta em si não concorda com o ser apático. Porque a apatia considerado junto ao juízo analítico se caracteriza por sua mensuração. Destarte ao contrario da apatia a empatia anula o ser em si em conjunção com o objeto outro. Para unificar o dialogo em uma práxis que emancipa o ser. Vale destacar que não exalta-se o ser, mas indica um plano de maturação ao concorrer para a perfeição.
REFERÊNCIAS
HUSSERL, Os Pensadores. Rio de Janeiro, Editora Nova Cultural, 1990. STEIN, Edith. A Ciência da Cruz, Editora Loyola.
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