A Ética dos Valores
- Fernando San Gregorio
- 24 de out. de 2019
- 2 min de leitura
Atualizado: 28 de ago. de 2024
Segundo Jolivet;
A moral pode ser estudada segundo a filosofia prática de onde se desenvolvem conotações do "Fazer" e do "Agir", sendo o primeiro elementos da arte ou estética e o segundo da moral, e neste nos deteremos.
Pode-se estabelecer:
1 - principio natural (consciência-dar-se-conta)
2 - estabelecimento normativo (Leis, jurídico) o que o homem deve fazer para alcançar seu fim último (1). O que caracteriza a moral é o senso de dever.
Se diz então diante de um problema moral;
Normativo: o que se deve fazer -> sem o senso de dever não alcança objetivo.
Natural: o que se faz -> aplica naturalmente o bem comum.
Tentativas de formular uma lei moral independente de Deus, fatalmente cai no relativismo e arbitrariedade. "Tudo o que está fora do domínio da verdade se acha fora do domínio da moral" ou ainda "A moral sustenta nossa vontade".
Atos imorais ofendem o direito natural a vida enquanto que atos morais promove este mesmo direito, desenvolvendo sua virtude. Ora, a potência máxima de uma coisa é seu bem absoluto. portanto busca-se o que permanece e neste sentido o que tem valor, quanto ao primeiro busca-se o que degenera e morre.
A ética baseada no dever anda conforme os dias, a ética baseada nos valores são perenes.
exemplos:
Valores religiosos, sacro-profano
Valores estéticos, belo-feio
Valores jurídicos, justo-injusto
Segundo Scheler estes valores o homem não pode produzir, mas apenas reconhecer por meio de uma "Intuição emotiva". Kant não distinguiu os bens dos valores. Os bens são coisas que tem valor. Os bens são fatos os valores essências. Estas essências são qualidades pelos quais os bens são coisas boas.
A Ética dos valores
Scheler afirma que o conceito fundamental da ética não é o dever, e sim o valor
"Os bens são coisas que tem valor"
Bem Valor
Lei sua Justiça
Fatos sua Essência
Portanto, em Kant, que defende o dever, quer-se alguma coisa porque a lei moral exige ou porque esta coisa gera prazer. segundo Scheler uma ética do ressentimento (tensão entre o desejo e a impotência)
"Os valores são qualidades (essências)"
Bem Valor
Pintura sua Beleza
Gesto sua Nobreza
então se promovermos um bem a exemplo;
Pintura -> pelo seu valor -> beleza (belo-feio)
Pintura -> pela sua utilidade -> fama (dinheiro-reconhecimento)
Gesto -> pelo seu valor -> nobreza (nobre-vulgar)
Gesto -> pela sua utilidade -> promoção (reconhecimento)
Como que um instrumento inato que capta os valores "intuição sentimental". O amor promove a evidência do outro e de Deus. o homem sem Deus não pode reconhecer os valores, as essências ou qualidades do bem são encontrados pelo espírito, sem o espírito não há valores somente utilidade.
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Notas:
1 - Aqui fim último como beatitude ou o próprio Deus.
Referências:
Jolivet, Régis - Curso de Filosofia, Editora Agir, Rio de Janeiro 1976.
Scheler, Max - Do Eterno no homem, Editora Vozes 2015
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